quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O Sorriso


O médico estava atrasado. Descobri que a imaginação é a melhor aliada do tédio. Na sala de espera, passava o tempo analisando as expressões das pessoas, vendo os números que surgiam no guichê de senhas. 51, 52, 53. Nomes estranhos eram chamados para consultas. Pobre Olívia Cristina, que castigo teu pai te deste. 54, 55.

Pessoas carecas, provavelmente com câncer, já que a área de quimioterapia era próxima dali. Tão jovens, tão velhas. Homens, mulheres, bigodes, pernas cruzadas, suor, bocejo. Detalhes, detalhes, detalhes. Sorriso? Sorriso, não.

56, 57. Mais vinte minutos. Sorriso? Sorriso, sim. Sorriso loiro, pequeno, de uns três anos de idade. Corria pela sala de espera, enxergava nela uma imensa pracinha. Abraçava o pai, olhava para os próprios pés, perguntava por que estavam lá. Foram embora. Ela foi pra escola, fez amigos, entrou pra aula de dança. Deu o primeiro beijo, tirou a primeira nota baixa, respondeu pra mãe. Namorou pela primeira vez. Namorou de novo. 58. Entrou na faculdade, terminou o namoro. Namorou de novo. Reprovou uma disciplina, arranjou um trabalho. Levou bronca do chefe. Viajou. Terminou a faculdade. Noivou. Abriu uma nova conta no banco, comprou uma casa. Casou. 59, 60, 61. Comeu sorvete na praça, doou sangue, engravidou. Velou o pai. Chorou. Levou a filha na escola, foi numa festa de final de ano, comprou um carro. Sofreu um acidente. Foi na psicóloga. Vendeu o carro. Mudou-se. Velou a mãe. Chorou. Viu o nascimento do primeiro neto. Ficou doente. Descobriu um câncer. Foi pro Hospital.

62, 63, 64, 65, 66, 67. De prancheta na mão, o médico anuncia. O Sorriso foi chamado. E lá foi ele, em toda sua pequenez e graciosidade. De mão dada com o pai, entrou na sessão de quimioterapia. 68.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Retrospectiva 2011

2011 foi um ano de muitos acontecimentos significativos na minha vida. Muita alegria, trabalho, estudo e sorrisos marcaram os últimos 12 meses. Dentre todas as mudanças, a que realmente transformou o meu ano foi o estágio que comecei na assessoria de imprensa da Prefeitura de Viamão, cidade na qual moro.

Comecei a trabalhar em março, uma semana depois de iniciar o semestre na faculdade. Se estou lá, é graças à minha grande amiga Tamires, que me indicou e com muita dedicação e carinho me ajudou a crescer lá dentro. Há quase um ano lá, é um primeiro estágio muito digno para qualquer estudante de Jornalismo. Impossível descrever aqui o aprendizado e as experiências que tenho construído lá dentro.

Ainda que já tivesse estudado dois semestres na faculdade, não teria acumulado o conhecimento que tenho trabalhando como repórter. Foi o momento em que eu realmente vi onde estou pisando. Agora, eu posso dizer com toda a certeza: é isso que eu quero pra mim! Ser jornalista é uma das melhores coisas do mundo. Ver as pessoas se comoverem com o teu texto e apreciarem o teu trabalho, não tem preço. A prefeitura faz eu me conhecer um pouco mais diariamente. Conheço um pouco mais do meu potencial, das minhas deficiências, dos meus limites, conheço mais do meu lado profissional. Errei, erro e ainda vou errar muito. Acertei, acerto e ainda vou aertar muito. A vida é feita de experiências. O que importa, mesmo, é evoluirmos com elas, e isso eu posso dizer que estou fazendo.

Como se a realização profissional já não fosse o bastante, o estágio também me proporcionou conhecer pessoas muito especiais, a quem posso chamar de amigos. Trabalhar com o que gosta e, além disso, rodeada de gente que estimamos é realmente muito, muito satisfatório.

Em 2011 eu também peguei a primeira recuperação da minha vida. Chorei, esperneei, mas aprendi que essas acoisas acontecem com todos e que nunca podemos confiar demais em nós mesmos. Nunca seremos suficientemente bons. Quando achar que não pode melhorar, dedique-se mais.

Em 2011, me apaixonei diariamente pela mesma pessoa, o ruivo mais lindo que eu já conheci. Aprendi que os momentos mais gostosos de se viver com ele são aqueles mais simples. Um beijo, um abraço, uma risada, uma piada, um cinema, uma viagem, um carinho. Uma cócega, uma mordida, um olhar, um cochilo, um filme, um jogo, uma careta, uma massagem, um café na cama. São dessas coisas "pequenas" que eu alimento o meu amor. Depois de um ano e sete meses, ele só cresce. O companheirismo, a cumplicidade, o entendimento, a intimidade, a certeza de uma vida juntos.

Nesse ano, também me afastei de algumas pessoas, me aproximei de outras. Chorei muito, sorri muito, sonhei muito. Reprovei pela terceira vez na autoescola. Chorei mais. Reprovei a quarta vez. Chorei mais. Passei na quinta. Chorei também, mas de felicidade. Voltei pra academia. Malhei demais, malhei de menos, engordei, emagreci. Cuidei e descuidei da minha saúde. Num dia comi frutas, saladas e pão integral. No outro, comi pizza, cachorro-quente e sorvete. Comprei uma agenda que quase não usei. Ganhei uma de 2012 que quase não vou usar. Coloquei aparelho, usei aliança, comecei a não só gostar, mas a me apaixonar por gatos.

Fiz tudo que quis em 2011. A melhor sensação de se chegar um ano novo é não ter nenhum arrependimento do ano que passou, principalmente arrependimento do que não se fez. Que em 2012 novos objetivos sejam alcançados, mais sorrisos sejam dados, mais trabalho, mais estudo. E, se vier dificuldade, que tenhamos força para superá-las e seguir em frente.

Desejo um ótimo ano a todos!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A arte de aprender a amar


Temo estar me precipitando ao fazer esses rabiscos. Digo isso porque não sei se é o momento certo para declarar meu amor aos gatos. É um grande progresso, é verdade, porque há pouco mais de um ano eu gritava aos quatro ventos que jamais teria qualquer tipo de simpatia por esses bichos miadores. Ao mesmo tempo, é muito difícil escrever. É difícil porque descobri o afeto por essas criaturas, no entanto ainda não me agradam muitas de suas atitudes. É como aprender a amar apesar dos defeitos, sabe?

Eu não gostava de gatos, não tinha contato com eles e nem fazia questão. Eis que eu arranjo um namorado que tinha uma gatinha, a Fefa. No início, eu nem dava bola. Passou um tempo e minha estima por ela, que já era pouca, diminuiu ainda mais. Isso porque eu a culpava pelas minhas crises de rinite, frequentes nas manhãs de domingo.

As coisas começaram a mudar quando, na madrugada de um sábado qualquer, eu acordo com a bichana ronronando, olhando fixamente pra mim. De primeira, tomei um susto. Admito. Mas os gatos ronronam quando estão felizes, não é? Acho que ela estava começando a se acostumar com a minha presença. Virei pro lado e dormi novamente. Acordei sentindo uma sobressalência sobre os lençois: era a Fefa. Dormia como se não houvesse amanhã. Eu, no entanto, já tinha dormido demais e queria levantar... E a gata deixou? Claro que não! Tomei o maior cuidado possível e evitei fazer movimentos muito bruscos. Levantei, fui acordar meu namorado, tomamos o café da manhã e em seguida eu fui arrumar a cama. Fefa ainda estava lá, ferrada no sono.

Meio conformada com a situação, sentei na cama e comecei a acariciá-la. Em pouco tempo ela acordou, espriguiçou-se e saiu. Talvez não tenha gostado dos afagos, mas o fato é que nossa relação estava começando. E começando bem. Dali em diante, as coisas só melhoraram. Ela se aproximava de mim com maior frequência, dormia comigo com maior frequência, ronronava pra mim com maior frequência. O tempo foi passando, eu a procurava com mais frequência, incomodava-a com mais frequência, gostava com mais frequência.

Eu aprendi que gatos não são humildes. Eles só procuram por carinho quando eles querem, embora isso não queira dizer que não haja amor. Procuram quando querem, saem quando cansam. Me acostumei. E ela se acostumou comigo. A me ver correndo atrás dela como uma criança doida, em contrapartida ela fugindo, honrando a raça. Quando gosto, sou assim. Pentelha, chata, grudenta. Mas ela se acostumou, e se acostumou bem. Corre de mim, não me recepciona quando chego, mas, quando eu menos espero, está ronronando no meu lado. É uma relação meio orgulhosa, meio de interesse, às vezes, mas quem disse que não há amor?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Será mesmo o fim?

Quantas vezes você já se viu diante da morte? O que você sentiu? O que você lembrou? O que vem depois dela? Nada? Tudo? Será a morte o fim de todas as coisas construídas ao longo de uma vida inteira? Ou ela é apenas o começo? A morte, por si só, já é complexa demais; Falar sobre ela é mais ainda, mas eu me arrisco mesmo assim.

O mistério da morte está presente desde que o mundo é mundo. Inúmeras suposições, nenhuma prova. Cada um acredita naquilo que lhe conforta mais. Uns acham que nossa carne simplesmente apodrece abaixo de sete palmos do chão e tudo termina ali. Outros acreditam em um mundo paralelo, outros em reencarnação. Não importa. A nossa única certeza é de que o dia dessa descoberta chegará. Cedo ou tarde, ele chegará.

Uns morrem muito cedo, uns atravessam séculos, outros mal tiveram tempo de abrir os olhos. Não existe uma explicação pra isso, não sabemos se é justo, se é injusto, se é destino, ou se as coisas simplesmente acontecem. O fato é que podemos ficar 1000 anos pensando sobre isso e jamais chegaremos a uma resposta. E enquanto nos preocupamos em descobrir o que há além da vida, deixamos passar o tempo no qual deveríamos viver onde realmente estamos, no presente.
Eu, inclusive, muitas vezes me perguntei se conseguiria realizar muitas das coisas que desejo antes de "partir dessa pra uma melhor", se conseguiria me casar, exercer minha profissão, ver meus netos crescerem. Hoje, vejo que não vale a pena viver sob essas expectativas. Elas frustram. Por isso, vivo na filosofia de me sentir imortal, de fazer tudo que eu tiver vontade, de me divertir, de aproveitar os pequenos momentos e os grandes também; De curtir a minha família, os meus amigos, as minhas manias, as minhas qualidades, os meus defeitos. Vivo como se a vida fosse eterna, não como se ela acabasse amanhã. Planejo a semana que vem, o mês que vem, o ano que vem e o futuro mais além esquecendo que a natureza pode me tirar de onde estou no meio do caminho.

Por que eu vivo assim? Pra quando eu me ver diante da morte, ter a certeza de ter feito tudo que podia, tudo que devia, de ter amado demais, chorado demais, trabalhado demais, curtido demais e sentir que o dever foi cumprido. Vivo assim, pra quando eu me ver diante da morte, ter a certeza de ter vivido tudo que tinha pra viver, de ter deixado uma história aqui e ter a certeza de, apesar de querer ficar, estar preparada pro que vem depois, seja o "depois" o que for.

Afinal, qual seria a graça da vida se soubéssemos o que vem depois do "fim"? Independente do que eu acredito, do que você acredita, a vida não seria o que é sem o mistério da morte. Não seria tão intensa e tão subjetiva como é. E é por isso que eu acho que as coisas estão onde devem estar, desde sempre.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O melhor amigo do homem


No último final de semana, estava na casa do meu namorado me aventurando pela sua prateleira de livros, até que encontrei Marley & Eu. Meu namorado estava superocupado com uma limpeza geral no carro e, então, eu decidi, como quem não quer nada, ler o livro. Digo "como quem não quer nada" porque assisti ao filme há quase dois anos e não superou as minhas expectativas. No entanto, nunca imaginei que o livro fosse TÃO mais profundo. Eu fui devorando página por página, capítulo por capítulo e, em menos de dois dias, já havia terminado de ler. Conclusão? É um livro espetacular. Despertou sentimentos muito fortes em mim, coisa que não aconteceu com o filme.

Após ter terminado o livro, decidi que assistiria ao filme de novo, pra analisar todas as diferenças etc, etc, etc. Realmente, pra quem lê o livro e depois assiste ao filme, é um tanto decepcionante, porque não chega nem aos pés de toda a riqueza de detalhes que contém o livro. Apesar disso, ao final do filme, chorei como se não houvesse amanhã. Chorei porque me sensibilizo muito com animais, chorei porque já passei por situação idêntica. Não quero transformar esse texto em um drama, mas faço questão de falar sobre isso.

Dia 7 de março vai fazer dois anos que ela se foi. Se foi da mesma maneira que o Marley, exceto pela doença. Não havia mais o que fazer, nós tentamos de tudo, de tudo mesmo. Depois de usar todas as alternativas, seria egoísmo da nossa parte manter vivo um animal que estava, nitidamente, sofrendo e fadado a isso pelo resto dos seus dias. Na época, ela tinha cinco anos. Foram os meses mais difíceis da minha vida, sem dúvida. Meses de muito arrependimento, culpa, medo, frustração, tristeza, saudade...

Tudo que eu quero externar dizendo todas essas coisas é que esses bichinhos estão sempre ao nosso lado. Minha outra cadela, irmã da que morreu, completou sete anos há poucos dias. Sete anos. Sete anos me recebendo quando chego em casa, sete anos me amando incondicionalmente, sete anos ficando ao meu lado nos momentos difíceis, como se soubesse o que estava acontecendo. O que ela queria em troca? Nada. Apenas amor. E é isso que eu dou a ela e à minha outra pequena, que faz parte da família há pouco mais de um ano e meio. Podem me chamar de louca ou do que quiserem, mas, como diz no livro, poucas pessoas te fazem sentir especial como um cão o faz. Poucas pessoas te dão afeto sem querer nada em troca, não se importando se somos ricos, pobres, brancos, negros, gordos, magros. Por isso, hoje mais do que ontem e menos que amanhã, valorizo muito esses bichinhos de quatro patas. Eles têm uma vida junto a mim, cresceram comigo, fizeram parte das etapas mais importantes da minha vida, atravessaram várias fases e crises junto comigo.

Trate bem o seu cachorro, é o mínimo que você pode fazer. Ao final do dia, é ele quem vai estar te esperando de braços abertos. Ele já vive tão pouco e, mesmo assim, dedica a maior parte do seu tempo a lhe dar atenção. Retribua!


*Na primeira foto, meu bebê que já se foi e, na segunda, meus outros dois bebês que me acampanham na minha jornada!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Ah, o verão!

Eu sempre preferi o inverno, pra se encher de roupa e me sentir quentinha. Dormir no inverno, então? Que delícia! Ruim é ter que levantar... E na hora de tomar banho? Pois é. Inverno é bom demais, mas nunca no seu extremo. A regra funciona também com o verão. Nele, ainda acho que é pior!

No inverno, é muito mais fácil nós cessarmos o frio, mas e no verão? No verão, se não temos ar condicionado e/ou piscina em casa, ou até casa na praia, estamos ferrados. Ventilador? Que nada! No calor de 30 e tantos graus o único vento que essa porcaria faz é um bafo quente. É possível sairmos na rua e fritar ovos no cordão da calçada ou até no capô dos carros. O melhor de tudo é que eles nem precisam estar diretamente expostos ao sol pra isso! Se saímos de frente do ventilador pra buscar ou fazer algo, três passos são suficientes pro suor começar a escorrer e pra ficarmos com o corpo mais brilhoso e grudento do que já estávamos.

Ok. Digamos que você tenha piscina em casa. É uma maravilha, realmente; mas não vai passar o dia todo lá, vai? Vai dormir lá, cozinhar lá, assistir à televisão lá? Não! Vai chegar um momento em que você vai precisar sair pra fazer outras coisas... E aí, meu filho, não há piscina que salve. Você pode até se enrolar em uma toalha, fazer o que precisa e voltar pra água, mas e à noite? Dormir no calor, pelo menos pra mim, é uma das piores coisas que existe!

E trabalhar no calor, então? Que lindo, né? Principalmente pras pessoas que necessitam andar de um lado pro outro nas ruas da cidade. Aos desprovidos de melanina, que é o meu caso, o protetor solar deve estar sempre ao alcance. Este é outro mal do verão: o protetor. Ele deixa a pele grudenta, brilhosa e só é "legal" de colocar quando se está na praia ou à beira da piscina, ou seja, em ambientes "propícios". Afinal, nenhuma propaganda de protetor solar mostra a pessoa derretendo no meio dos centros urbanos, não é? Mas antes fosse somente isso. Às moças vaidosas que costumam usar bases e outras maquiagens, o verão não é um bom colaborador. Apenas alguns minutos são suficientes pros seus rostos começarem a derreter e se transformarem em algo tenebroso!

Além disso, no calor, é só fazer algo com o mínimo de esforço que já ficamos fedendo, temos que tomar mais um banho e blá, blá, blá. Sem contar o cabelo, que fica um óleo que só ele!

Eu poderia dar mais mil razões pra não gostar dessas temperaturas dignas do inferno, mas tenho certeza de que as que citei são suficientes pra conclusão desse meu desabafo...
A quem diz amar esse calorão, SENTA LÁ, CLÁUDIA! Ama porque, com toda certeza, devem ter ar condicionado em casa e até no trabalho, piscina e casa na praia. Se for pra passar o verão todo em uma casa a beira-mar, com vento fresco e vida boa, também amo enlouquecidamente essa estação! Pena que a realidade não é essa... Ah, o verão!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Retrospectiva 2010

Arrisco dizer que 2010 foi o melhor ano da minha vida! Arrisco, não, pois é fato. No entanto, quando o ano começou, jamais eu imaginei que tomaria os rumos que tomou e que me trouxesse tantas alegrias.

2010 começou com tudo pra dar errado. Já no seu segundo dia, terminei um relacionamento de quase dois anos e meio por razões que não vem ao caso serem citadas aqui. Fiquei muito mal, senti-me desabando e todas essas coisas que acontecem quando saímos de um relacionamento de tanto tempo, mas não foi "só" isso. Minha vó estava doente, minha cadela também e estávamos com alguns problemas em casa... Tudo junto e misturado! Eu tinha todos os motivos pra acreditar que o meu ano seria um fracasso total. Pra não dizer total, havia um fator que me dava esperança de que as coisas melhorassem: a faculdade. Era uma nova fase na minha vida e eu estava cheia de expectativas. Conheceria e me relacionaria com pessoas novas. Enfim. Era tudo o que eu precisava, mas não fez colar os cacos do meu coração partido. Era tudo muito legal, sim. Conheci pessoas e fiz amigos, mas mesmo em uma nova etapa eu não conseguia esquecer do meu passado e já ficava desesperada não sabendo mais o que fazer. Até que, lá em abril, despertou em mim um sentimento muito grande pelo meu melhor amigo, um sentimento que já existia, mas que estava adormecido. E, pra minha felicidade, era recíproco. Era (e ainda é) o amor mais puro que eu já vi e vivi em toda minha vida, algo tão mágico que eu fico até procurando palavras pra poder expressar aqui. A partir do dia 22 de maio, tudo começou só a melhorar, ou quase... Quase porque rodei duas vezes na prova prática da autoescola e não tentei de novo até então (daqui a duas semanas eu tô lá de novo! :P), mas isso se tornou tão pequeno diante da felicidade que eu estava sentindo!

Em agosto, eu vi o meu time ser bicampeão da Libertadores e, como se não pudesse ficar melhor, vi meu maninho Dé! Um amigo de Brasília que conheço desde 2006 e finalmente conseguimos nos encontrar! Um mês depois, aconteceram algumas coisas e eu acabei me afastando de uma forma muito triste de grandes amigos, mas um deles me deu o maior presente no ano novo e me mostrou que a nossa amizade não acabaria por coisas tão pequenas... Enfim... Foi um ótimo ano, ano em que fiz muitos amigos! Conheci o Rod, a Bia, o Dé, a Aline, a Laís, a Fernanda, a Carol! Aproximei-me da Tami, da Miri e formamos o trio mais temido da van, haha! Muitos de vocês não conhecem essas pessoas, mas saibam que elas são muito especiais pra mim! E foi isso. Terminei o ano com um namorado maravilhoso, com uma família maravilhosa e com amigos maravilhosos. Que venha 2011!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ela: te amo! Ele: ah morre, diabo!

Estou há um bom tempo sem dar as caras por aqui! Tudo culpa da faculdade, seus trabalhos e a correria normal do dia-a-dia, mas agora estou de férias e disposta a dar um pouco mais de atenção ao meu querido blog!

Lá em novembro, eu tinha uma ideia de algo pra escrever aqui, mas vou deixá-la pra outro momento, pois acredito que seja um assunto que deva ser mais trabalhado. Hoje, estou aqui pra falar de algo que pode ser abordado de forma mais espontânea e que está em alta no orkut, rede social mais utilizada entre nós brasileiros.

Você que é ativo usuário do Orkut, com certeza vai saber do que estou falando. Refiro-me às comunidades com diálogos "românticos". Os mais incrivelmente ridículos são aqueles que acabam com tragédia: previsíveis. E o pior: tem um bando de gente que acha isso "lindo". Aqui vai um exemplo: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=108817642 Quem já leu essas histórias nem precisa abrir o link, pois já sabe do que estou falando.

Como as pessoas podem ser tão superficiais em pensar que alguém se mataria só porque o namorado acredita que foi traído, ou porque tomou um fora, ou por outros motivos tão "banais". Pior que isso é o fato de acharem isso a coisa mais linda do mundo. Realmente, o amor verdadeiro só existe e só é lindo quando acaba assim. Até parece. Gente, isso não é lindo! Isso é babaca e idiota! Se eu soubesse de alguma história assim que tivesse mesmo acontecido, eu acharia a pessoa totalmente desequilibrada. Ninguém se mata por um amor adolescente sem que seja uma pessoa com grandes problemas de depressão.

Mas, calma! Ainda há algo pior que isso! Ainda mais tristes que esse tipo de história, são aquelas que banalizam o amor de tal forma que me deixam indignada. Vou dar um exemplo, no entanto me falta o link pra poder mostrá-lo. Resumirei. No diálogo, duas amigas conversavam pelo telefone, até que uma delas diz ter dois ingressos pro show do Restart. A outra, depois de ter um dos ingressos negados, sai na rua para chorar e espairecer. Até que, para surpresa de todos, adivinha quem aparece? O Pe Lanza! E adivinha o que ele faz? Consola a menina e a convida pra ir até sua casa! Surpreendente, não? Lá na casa do Pe lúcia, Pe lixo, Pe sei lá o quê, o colorido apresenta a menina aos seus companheiros de banda e estes começam a brincar, dizendo que os dois eram namorados. E aí "pintou um clima".

Se eu terminasse a história ali, acho que já seria suficiente, mas eu vou continuar. Papo vai, papo vem... Ok, mentira. Não teve é papo nenhum praticamente. O Pelúcia deu um ingresso do show pra menina e ela voltou pra casa toda serelepe. Contou pra mãe, que agiu com a maior naturalidade e ainda deu dinheiro pra menina comprar um presente pro colorido. Ela vai no show, o Pe Lanza dedica uma música a ela, alegando que era uma pessoa muito especial que ele havia conhecido naquele dia. Pera, pera, pera. Uma pausa aí! Pessoa especial? Eles trocaram 10 frases, no máximo! E claro, eu não poderia esquecer, ele disse que a amava.

Depois do show, ela deu pra ele um coração que dizia "eu te amo" e o abraçou. Combinaram de se encontrar no outro dia e utilizavam apelidos carinhosos como "vida" "meu amor" "meu tudo"... E foram felizes para sempre. Preciso dizer mais alguma coisa? Acho que não.

Acho não, tenho certeza. Não desenvolverei mais nada além disso. Só deixo aqui a minha pena aos que não conhecem o amor de verdade e acreditam em sentimentos fajutos que começam em um dia. Deixo também um sorriso muito feliz àqueles que concordam comigo e, não só isso, sabem por experiência própria o que foi dito aqui.

Pros que compartilham da mesma opinião que a minha, aqui vai algumas comunidades que podem lhes agradar:

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=109486240

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=109075832
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=109545404
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=109443764

Taí!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Diversificar: fazer variar, tornar diferente

Se há uma coisa que me incomoda e, às vezes, me tira do sério, são textos repetitivos. Apoio totalmente a ideia da produção textual por livre e espontânea vontade, a fim de aprimorar os conhecimentos e obter a prática da escrita. Entretanto, quando o texto torna-se previsível, ele perde o tesão.

Não, não me leve a mal. Não estou criticando quem discorre sempre sobre o mesmo tema, pois um mesmo tema não implica igualdade de assuntos. Por exemplo: o tema é violência e no texto eu conto a história de uma menina que passa a infância sendo abusada sexualmente pelo pai; ou conto a história de uma família que vive em uma favela e perde dois filhos em um tiroteio entre policiais e traficantes. Viu a diferença? Os dois textos, mesmo havendo um tema em comum, abordam assuntos completamente diferentes.

O que - e não quem - eu realmente critico são os textos repetitivos, abordando sempre o mesmo assunto. Exemplos? Não faltam, mas vou sutilmente falar sobre alguns textos que tenho lido na última semana e que me despertaram a vontade de vir aqui escrever sobre isso.

Toda semana faço um passeio pelos blogs alheios, pois sempre encontro leituras interessantes. Em uma dessas aventuras, deparei-me com um blog um tanto quanto singular. O autor conta histórias do cotidiano de uma só pessoa, uma pessoa fictícia, claro. Pensei: “Oba! Adoro histórias assim!”. E adoro mesmo. Gosto de histórias embasadas na realidade, principalmente de situações corriqueiras as quais não damos muita importância.

Cheia de expectativas, comecei a ler a primeira história. A decepção veio nada sorrateira. A criatura, nos três textos, acabava revelando sempre a mesma trama. “E aí encontrou a garota mais linda que já havia visto e blá, blá, blá. E aí se apaixonou. E aí não foi correspondido. E aí era um amor impossível. E aí largou tudo que tinha para ir atrás do seu verdadeiro amor”.

Não vou nem entrar no mérito da quantidade de vezes que o fulano de tal ama na vida e nem nos erros de pontuação. Eu, como pessoa aficionada pela língua portuguesa, jamais deixaria de reparar nesses detalhes. Enfim. Sugiro ao amigo autor do texto que pare um pouco de assistir a Malhação e novelas em geral. Além de os desfechos - e não só eles - serem totalmente “manjados”, o autor me fez acreditar que o mundo é um conto de fadas, onde tudo que se quer, consegue. E aí a história já foge da realidade e eu me sinto uma espectadora idiota. Sim, espectadora idiota. É assim que me sinto também quando assisto a novelas - sem generalizações. O autor nos empurra goela abaixo, como se fôssemos burros não-conhecedores da vida, situações inaceitáveis, que chegam a ser até sem cabimento.

Admito que mudei, no último parágrafo, o foco do texto, mas acho que se fez necessário. Sei que posso parecer ríspida no meu modo de escrever, mas acredite: não estou “atacando” ninguém, apenas expondo a minha honesta opinião. Também não me acho superior a ninguém, mas não é por isso que deixarei de criticar aquilo que discordo, não é?

O apelo que eu faço é que tragam mais riqueza aos textos. Diversifiquem, façam histórias diferentes! Muitos que lerem isso devem pensar: “Quem essa ridícula pensa que é pra me dizer como escrever?”. Não, não estou querendo mudar a maneira de escrever de ninguém, apenas tentando mostrar o quanto, para mim, e acredito que para a maioria das pessoas, é chato e monótono a repetição, mesmo que sutil, de um mesmo enredo.

O que mais me surpreende é que muitos desses textos que eu li são de estudantes de comunicação. Puxa, gente! Vamos ser mais criativos, o que acham? Vamos prender a atenção do leitor, vamos despertar interesse. Escreva sobre o que você quiser, isso é um problema seu. Mas, por favor, diversifique!

sábado, 28 de agosto de 2010

Um dia cotidiano de um jovem universitário

Já eram 06h45, eu estava atrasado. Levantei correndo, troquei de roupa, lavei meu rosto e saí de casa apressadamente. Mochila nas costas, em uma mão o guarda-chuva e em outra o sanduíche preparado na noite anterior. Eu precisava chegar em menos de cinco minutos na parada de ônibus, senão teria de esperar o próximo, que passava somente às 07h15, o que deixaria meu chefe nada feliz. Foi o que aconteceu.

Enquanto esperava a condução, pensava em uma desculpa convincente para explicar o meu atraso. Um atraso enorme, diga-se de passagem.

“Senhor, estava eu no ponto de ônibus e não é que um desgraçado passou muito rápido por uma poça d’água e toda ela veio na minha direção? Tive que voltar em casa, tomar um novo banho e mudar de roupa.” Não, essa é muito clichê. E se eu disser que minha mãezinha passou mal de última hora e eu precisei acudi-la? Também não. Achei melhor contar-lhe a verdade.

Chegando na redação, meu chefe já estava a minha espera, olhando-me fixamente com aquela cara de “Espero que você tenha uma boa explicação para o seu atraso”, e foi exatamente o que ele disse.

- Sabe o que é, Seu Garcia... Ontem, cheguei muito tarde da aula e precisava fazer um trabalho pra hoje, pois durante o dia eu trabalho pro senhor, aí acabei dormindo tarde demais...

- E aí você acordou em cima da hora. Tudo bem, ao menos me diga que você terminou aquela matéria. Respondeu meu chefe.

- Pois então... Como eu disse, cheguei tarde e precisei fazer esse trabalho, que vale uma nota bem alta, Seu Garcia!

- Então você não terminou a matéria?

- Não, mas eu faço isso pra já, pode deixar!

- Rapaz, você só me causa problemas... Vai, vai, vai logo e vê se não se atrasa mais, hein? Estou de olho em você!

Geralmente, Seu Garcia descontava os atrasos do meu salário. Naquele dia, ele estava de bom humor. Que sorte a minha.

Entre outras coisas que tive que fazer, terminei a matéria em cima da hora e confesso que não estava tão boa assim. Tudo culpa da pressa. Seu Garcia me mataria no dia seguinte, mas essa é uma outra história.

Saí da redação satisfeito por ter cumprido, apesar dos contratempos, mais um dia de trabalho.

A satisfação foi embora logo que saí do prédio. Chovia e ventava muito em Porto Alegre. Fui para a estação de trem e embarquei rumo a São Leopoldo. De lá, peguei mais um ônibus até a Unisinos e cheguei na Universidade por volta de 19h15. Fazia muito frio e, por conta da pressa pela manhã, esqueci de levar um casaco. Menos um ponto para mim.

Quando estava entrando na sala de aula, lembrei: “Meu Deus, o trabalho!!!”

Saí tão atordoado de casa pela manhã, que esqueci o maldito trabalho que fiquei madrugada adentro fazendo. Naquele momento, quis me afogar no laguinho da Unisinos.

O próximo passo era explicar a situação para o professor e pedir uma nova data de entrega. Quase fiquei de joelhos diante de toda a turma, mas consegui convencê-lo. Que fique bem claro: nem sempre isso funciona. A minha sorte (se é que pode se dizer que tive alguma sorte naquele dia) foi que o professor não era “linha-dura”.

A aula, que me desculpe ele, estava uma droga. Semiótica era uma disciplina que agradava a poucos, e eu, definitivamente, não fazia parte dessa parcela.

20h45: intervalo! Seriam os 15 minutos mais proveitosos do meu dia. Iria para a Fratello, comeria decentemente e beberia um delicioso chocolate quente para me esquentar. Iria, beberia, comeria. Futuro do pretérito, conhece? “O futuro do pretérito costuma ser relacionado às noções de hipótese, incerteza e irrealidade.” Pois é. Saindo da sala, minha namorada me ligou: “O que aconteceu? Você me disse ontem que teria um tempo livre pra me ver hoje. Se aconteceu um imprevisto, não tem problema. Mas custa me avisar, Victor? Deixei de fazer várias coisas por sua causa!” Resultado: Gastei meus preciosos 15 minutos tentando explicar a ela o caos que foi meu dia. Quando disse que diante de tantos problemas o nosso encontro nem me passou pela cabeça, ela desligou na minha cara.

É, Victor... Menos um ponto pra você.

A segunda metade da aula foi usada para apresentações de trabalhos, então eu não senti culpa alguma em pegar meu celular, sintonizar na Rádio Gaúcha e escutar o jogo do meu time do coração. Como eu não podia perder a moral com o professor, que me cedeu um novo prazo valioso de entrega, fui o aluno mais concentrado e me abstive do primeiro tempo do jogo.

15 minutos da etapa complementar, o Inter está perdendo por 2x0 e está, com esse resultado, sendo eliminado da Libertadores pelo Estudiantes de La Plata!”

Naquele dia, descobri que, por mais que as coisas estivessem ruins, elas sempre podiam ficar piores. Precisávamos de somente um gol e estaríamos classificados para as semifinais!

Esqueci minha namorada, esqueci tudo que deu errado no meu dia e me concentrei no jogo.

Quando tudo parecia perdido, aos 43 minutos do segundo tempo, Giuliano chegou livre pela direita e descontou o placar do jogo com um chute cruzado. Era o gol da classificação. Naquele momento, sem pensar, saltei da cadeira e comemorei como nunca. O professor me olhou com uma cara tão feia, que com certeza eu sentirei medo até o resto dos meus dias. Rapidamente, tirei o fone dos ouvidos e voltei a prestar atenção na aula, como se nada tivesse acontecido.

O jogo foi realmente a única alegria do meu dia. Ao acabar a aula, lembrei que eu tinha que ir até a Estação Unisinos, depois até a estação de trem de Porto Alegre e pegar mais dois ônibus até minha casa. Cheguei à 1h da manhã e totalmente esgotado. No dia seguinte, teria que me redimir com a minha namorada, levar mais uma bronca do seu Garcia e, de algum jeito, arranjar tempo de ir mais cedo à universidade para entregar aquele trabalho. É, vida de universitário não é fácil. Deitei a cabeça no travesseiro e dormi.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

E o amor? Por onde ele anda?

Difícil definir esse sentimento, já que até hoje ninguém conseguiu encontrar explicações exatas para tal. Mas afinal, o que é amor? Amor é amor, ué! Por que eu explicaria se todos sabem o que significa? Não, não sabem. Aliás, muitas pessoas acham que sabem, outras tentam se enganar, julgando amor todo e qualquer sentimento por outra pessoa. Aí vai um exemplo típico: tenho uma paixonite por um garoto do meu colégio, com o qual eu conversei pouquíssimas vezes e afirmo que o amo. Gente, ensinem, principalmente às pré-adolescentes - por favor, não estou generalizando, ok? Não venham com quatro pedras na mão! -, que isso se chama amor platônico. "O amor platônico revela uma dose de imaturidade emocional, à medida que nunca experimenta os limites e as frustrações de uma relação concreta." Palavras da psicanalista Heidi Tabacof.

Pode-se dizer que, não só isso, o amor é a mescla de inúmeros sentimentos. E se o amor é essa junção de sentimentos, como dizer-se apaixonado por alg... Opa! Taí uma coisa que as pessoas confundem muito! A palavra "apaixonado" vem do substantivo abstrato "paixão", que é diferente do substantivo abstrato "amor". O dicionário define os dois sentimentos como palavras de igual significado. Dicionário é um desastre quando tenta explicar nossas emoções, por isso não confie piamente nele. A paixão é muito externa, não necessariamente movida pela atração, mas rasa. O amor é profundo, extremamente profundo. Conhecer o outro é o primeiro passo para o amor. E quando eu digo conhecer, refiro-me a conhecer uma pessoa a fundo, a sua personalidade, o seu caráter... É daí que o amor se constrói.

Um relacionamento pode, tranquilamente, iniciar-se por intermédio da paixão, mas o que vai fazer ele perdurar, ou perdurar de maneira sadia, é o amor.
Costuma-se dizer que quem ama, sabe. Discordo. Não acho que essa seja uma verdade absoluta.
Alguns realmente sabem, outros não têm certeza. E, me desculpe, mas aos que não têm certeza, é porque não amam. Há ainda aqueles que fingem que amam, seja para não magoarem a outra pessoa, ou para serem mais um dos que banalizaram o sentimento, simplesmente pelo ato de amar ser "bonitinho". Acredite, não falo isso sem fundamento. Pessoas que gostam de praticar essa "moda" existem e eu as acho extremamente imaturas.

Claramente deu pra perceber que não falo do amor de uma forma ampla, falo do amor entre um homem e uma mulher, não de amizade, não do amor que é paternal, maternal ou fraternal. Enfim. Vocês entenderam. Diante de tudo isso, eu lhes pergunto: Por onde anda o amor? Perguto-lhes isso porque o amor se constrói minuciosamente e parece que cada vez mais as pessoas não se permitem essa minuciosidade. Relacionamento não tem mais a importância de antes. As pessoas brincam de amar, brincam de namorar. E a culpa se atribui a quem? Não sei. Quem sou eu pra responsabilizar alguém de algo tão grandioso? Poderia me estender e relacionar essa mudança com o passar das gerações, mas deixo essa ideia no ar para que possam refletir. Deixo um recado, então, a quem, claramente, me refiro ao escrever esse texto, a geração atual: não deixem o amor de lado, não deixem o amor ser qualquer coisa. Amor é um sentimento único. Valorize-o.